TIRÓIDE

A TIRÓIDE


O funcionamento normal da glândula tiróide requer iodo. A deficiência deste elemento é uma das doenças nutricionais mais vulgares do Mundo e dá origem ao bócio endémico. Esta deficiência, bastante rara no mundo desenvolvido, ocorre em geral em zonas onde a ingestão de iodo dietético é baixa devido à presença de níveis reduzidos deste elemento no solo e na água.
Nessas regiões, o iodo da dieta deve ser aumentado. As fontes alimentares mais ricas são os peixes de água salgada e as algas marinhas. Os ovos, o iogurte, o leite, o queijo duro e o sal iodado também são fontes importantes.
A ingerir com moderação
Alguns alimentos, como couve crua, nabos, amendoins e mostarda, podem interferir com a capacidade de utilização do iodo pelo organismo na produção das hormonas da tiróide. Esses alimentos, designados por bociogénios, não têm qualquer significado nutricional a menos que ingeridos em excesso. Só desencadeiam casos de bócio Quando a ingestão de iodo é mínima.
Nos países desenvolvidos, o bócio resulta, em geral, de uma doença auto-imune que prejudica o funcionamento da glândula tiróide, reduzindo a sua actividade a um nível demasiado baixo.
Hipotiroidismo
O hipotiroidismo, um termo utilizado para descrever uma tiróide com actividade reduzida, provoca o abrandamento do metabolismo. A doença desenvolve-se lentamente; além do bócio, os primeiros sintomas são cansaço, falta de memória, aumento de peso, sensibilidade ao frio, prisão de ventre e pele e cabelo secos.
Se o problema for devido a uma doença auto-imune, o organismo cria anticorpos contra a sua própria tiróide, o que provoca uma redução na produção de hormonas. O hipotiroidismo aparece principalmente nos idosos, mas pode afectar pessoas de todas as idades. Quando surge na infância, pode provocar atraso de crescimento, inibir o normal desenvolvimento cerebral e retardar a maturidade sexual. Como precaução, os bebés são hoje submetidos a uma análise à nascença para detectar eventuais casos da doença.
Uma tiróide com actividade reduzida é uma causa comum de níveis elevados de colesterol nas mulheres. Neste caso, trata-se geralmente pela administração de uma hormona da tiróide, a ciroxina. As pessoas que têm doença da tiróide têm uma capacidade reduzida de converter o betacaroteno (que se encontra em alguns frutos e legumes cor de laranja e legumes de folha verde-escura) em vitamina A, o que dá origem à acumulação de caroteno no sangue.

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